“Ninguém é totalmente perfeito que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente desprovido de valores, que não possa ensinar algo ao seu irmão. A cortesia é irmã da caridade, que apaga o ódio e fomenta o amor. Para pregar a paz, primeiro você deve ter a paz dentro de você”. São Francisco de Assis
Jesus ordenou aos apóstolos para serem suas testemunhas “… até os confins da terra”. Há pouco mais de um ano, Deus nos concedeu a graça de sermos essas testemunhas da Sua infinita misericórdia na cidade de Quixadá no CE, a convite do nosso Bispo Dom Ângelo Pignoli.
Nossa missão aqui é realizada no “Espaço Da Misericórdia”, um lugar para acolhimento de pessoas em extrema vulnerabilidade social.
De segunda a sexta-feira recebemos cerca de 50 famílias em busca de alimento para o corpo e principalmente para alma. Por isso, além das refeições, cada uma dessas pessoas que passam por aqui, se desejarem, recebem também atenção para ouvir suas histórias, dores e angústias. Durante essas conversas, é sempre possível encontrarmos Jesus que sofre e nos impele a sairmos de nós mesmas para ir ao encontro do outro para oferecer a ele a única coisa que temos de valor: o amor do próprio Deus.
Jonas, um dos nossos assistidos, certa vez disse: “ninguém nunca fez isso por mim”.
Vivemos a cada dia as obras de misericórdia, buscando levar aos corações que nos são confiados, a esperança de que Deus os ama muito. Ao mesmo tempo, aprendemos com eles a sermos gratas a DEUS, pois mesmo passando pela pobreza material, suas atitudes são de desprendimento, de fé e confiança. Onde a maior necessidade que demonstram é de pessoas que realmente possam olhar em seus olhos e trata-los como irmãos.
O Espaço da Misericórdia, assim como as pastorais de rua realizadas na maioria de nossas missões, são apenas um “pretexto” para termos a oportunidade de alcançar o ser humano por inteiro, afim de ajuda-los a redescobrirem sua dignidade de filho de Deus, como disse nosso patrono São Francisco de Assis: “um ser humano vale o que ele é aos olhos de DEUS e nada mais…”, ou ainda “quando não se tem nada, DEUS se torna tudo”; já que nas suas diversas indigências, eles aprendem a ter DEUS como o centro de suas vidas.
Comprovo isso a cada dia, pois eles são muito gratos a DEUS!
Antônio, outro assistido, nunca se cansa de dizer: “muitíssimo obrigado!”
Isto para mim, é uma grande formação, pois sou Filha da Pobreza, e devo também ter esse coração despojado e agradecido!
Ir. Marina, FPSS
